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A adulteração e o crescimento no número de alimentos fraudados tem chamado a atenção dos especialistas. As principais causas são as substituições de ingredientes e substâncias ilegais que são misturadas aos alimentos e bebidas, principalmente as de origem vegetal. Este ano, foram apreendidos diversas marcas de azeite, chás, além da constatação da presença de água em algumas garrafas de vinho e açúcar de cana na água de coco.

Cerca de vinte azeites foram proíbidos pelo Ministério da Agricultura:

  • Azapa – fevereiro
  • Doma – fevereiro
  • Alonso – maio
  • Quintas D’Oliveira – maio
  • Almazara – maio
  • Escarpas das Oliveiras – maio
  • La Ventosa – maio
  • Grego Santorini – maio
  • San Martín – junho
  • Castelo de Viana – junho
  • Terrasa – junho
  • Casa do Azeite – junho
  • Terra de Olivos – junho
  • Alcobaça – junho
  • Villa Glória – junho
  • Santa Lucía – junho
  • Campo Ourique – junho
  • Málaga – junho
  • Serrano – junho
  • Vale dos Vinhedos – julho
  • Los Nobles – setembro
  • Ouro Negro – outubro
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(Lista disponível no G1)

Ainda segundo o Ministério da Agricultura, a maioria das adulterações é de difícil detecção e depende de análise laboratorial para um resultado conclusivo e satisfatório. Recentemente, o Globo Rural divulgou a lista dos principais alimentos apreendidos em grande quantidade em 2025. Confira:

 Água de coco

  • Fraude identificada: substituição por açúcar de cana, edulcorantes e aromatizantes
  • Quantidade apreendida: 661.716 litros.

Azeite de oliva

  • Fraude identificada: uso de óleos de outras procedências (soja e milho) e corantes;
  • Quantidade apreendida: 16.700 litros.

Café (grão puro)

  • Fraude identificada: venda de produtos de baixa qualidade e com a presença de impurezas que ultrapassam o limite legal
  • Quantidade apreendida: 68 toneladas

Café (torrado e moído)

  • Uso de ingredientes impróprios como açai, milho e palha de café
  • Quantidade apreendida: 36 toneladas

Farinha de mandioca

  • O órgão identificou a mistura com farinhas mais baratas e corantes não permitidos
  • Quantidade apreendida: 22 toneladas

Polpa de fruta

  • Substituição do suco da fruta por ingredientes mais baratos
  • Quantidade apreendida: 438.504,60 quilos

Suco e Sulmo

  • Substituição do suco da fruta por ingredientes mais baratos
  • Quantidade apreendida: 370.802 litros.

Vinagre (de vinho ou fruta)

  • Fraude identificada: substituição por fermentado alcoólico e corantes;
  • Quantidade apreendida: 27.116,50 litros

Vinho

  • Substituição do mosto de uva por água, corantes e destilado alcoólico
  • Quantidade apreendida: 215.297,80 litros

Mas como o consumidor pode se proteger?

Com o aumento das fraudes, o Ministério da Agricultura recomenda algumas ações essenciais para se proteger contra itens adulterados, ressaltando que os clientes devem desconfiar de produtos com peços muito abaixo do mercado, verificar se a embalagem está violada ou com erros na letras, logotipos tortos e cores muito diferentes, pesquisar sobre a empresa na internet, e por fim checar informações sobre o registro do estabelecimento.

Crise do metanol

Em outubro deste ano, o Brasil se assustou com os casos de mortes e internações após o consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo os destilados (vodca, whisky, GIN, e outros). Após uma série de investigações, o governo concluiu que as hospitalizações e mortes foram causadas por intoxicação com metanol, álcool terminantemente proibido para consumo humano. Foi confirmado que a substância tem sido utilizada de forma ilegal para adulterar as bebidas, mas as autoridades ainda estão apurando os detalhes.

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