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Em entrevista publicada à emissora Fox News, na última terça-feira (11), Donald Trump afirmou que pretende reduzir as tarefas impostas sob o café; “Vamos baixar algumas tarifas sobre o café, e vamos ter algum café entrando [nos EUA”, disse o presidente norte-americano. Trump não revelou o percentual da redução, e não confirmou quais países serão contemplados com a medida, mas o Brasil está na lista das nações que supostamente serão contempladas com a redução A grande maioria do café consumido nos Estados Unidos vem da importação.

Faturamento

Ainda em entrevista à Fox, Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou que a população receberia um anúncio sobre produtos que não são cultivados em terras norte-americanas, como o café, banana e outras frutas. Segundo o portal Infomoney, o Brasil enfrenta taxas não só no café, mas também no aço e em alguns tipos de carne. Com o tarifaço, o preço do café nos EUA subiu cerca de 19% em um ano.

Além disso, desde setembro, o país enfrenta queda de 53% nas importações do café brasileiro. No ano passado, o Brasil exportou US$ 1,96 bilhão em café para os EUA. Também em setembro deste ano, o país exportou 4,36 milhões de sacas aos norte-americanos. A declaração de Trump aconteceu após o encontro com o Presidente Luiz Inácio da Silva, na Malásia. Na época, o governo brasileiro pediu pela redução total das tarifas, mas que poderia aceitar a redução parcial. Ademais, o mercado internacional do café registrou queda na cotação do produto nesta quarta-feira (12).

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“Os preços internacionais estão em alta, os estoques americanos estão baixos e há indisponibilidade de café em outras origens no volume necessário. O Brasil está pronto para responder rapidamente caso o alívio tarifário se confirme. O café brasileiro tem qualidade e escala para atender o mercado americano, que falta é um ambiente comercial previsível” — explicou Vinicius Estrela, diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais.

Marcos Matos, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), afirmou estar otimista em relação à diminuição das taxas sob o café brasileiro. A instituição declarou que ficará mais difícil para o país continuar com as exportações para os Estados Unidos se não houver a redução do tarifaço, já que o mercado está cada vez mais competitivo.

(Canal Rural)

O impacto no café brasileiro

O café arábico teve redução de 5%, sendo negociado a US$ 3,7975 (R$ 21,31) por libra-peso, por volta das 13h (horário de Brasília). No mesmo horário, o café robusta também registrou queda de 5%, atingindo US$ 4.384 (R$ 24.608) por tonelada métrica. Além do Brasil, o Vietnã e a Colômbia entraram para a lista das nações beneficiadas pela medida.

Com a redução das taxas, o governo americano espera aliviar o setor cafeeiro do país. Os EUA conquistou o posto do maior consumidor do grão no planeta. O Brasil não fica para trás, já que a bebida está presente no consumo diário de grande parte do país. Segundo dados da Embrapa, em 2024, o faturamento total do grão ficou em R$79,59 bilhões. O consumo aumentou em 0,16% em relação ao ano interior.

(Portal Poder 360)

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